Lucro da EDP cai 16% para 380 milhões de euros no 1º semestre de 2018

Quinta-feira 26, Julho 2018

O resultado líquido cai 16% para €380M, apesar da melhoria das condições hídricas na península Ibérica, fortemente penalizado pelas alterações regulatórias em Portugal e pelo efeito cambial. O peso de Portugal no total do resultado líquido recorrente cai para apenas 22% vs. 31% no período homólogo. Operações internacionais da EDP Renováveis e EDP Brasil contribuem com crescimento de resultados.

As alterações regulatórias em Portugal implementadas no 2º semestre de 2017 e a recente homologação do ajustamento final dos CMEC explicam uma queda de €140M no EBITDA no primeiro trimestre de 2018. 

O EBITDA cai 10% para €1.722M, marcado pelos seguintes efeitos:


  • EBITDA em Portugal cai 3%, onde a melhoria das condições hídricas no 2º trimestre do ano não foi suficiente para mitigar o forte impacto dos cortes regulatórios em Portugal, que afectaram o negócio da produção (redução dos proveitos com CMECs, aumento de impostos e taxas) e da distribuição (corte de 14% nos proveitos regulados no âmbito de revisão regulatória para 2018-2020).

  • EBITDA da EDP España sobe 8%, beneficiando da melhoria das condições operacionais no mercado Ibérico de electricidade.

  • EBITDA da EDP Renováveis cai 5% fruto da desvalorização do USD face ao EUR. Excluído desse efeito, subiria 1%, suportado pela expansão média de capacidade (+7%), sobretudo nos EUA e no Brasil;

  • EBITDA da EDP Brasil sobe 17% em moeda local, suportado pelo bom desempenho operacional;


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A dívida líquida aumentou de 13,9 mil milhões de euros a Dez-17, para 14,2 mil milhões de euros a Junho de 2018, enquanto o custo médio da dívida caiu de 4.1% no 1º semestre de 2017 para 3,7% no 1º semestre de 2018.

 

O peso de energias renováveis continua a subir e a provar o foco da EDP nas tecnologias limpas. O mix de geração atingiu 74% em termos de capacidade instalada renovável (+0,6GW eólico e solar). Em termos de produção, o peso de renováveis aumentou 12pp em termos homólogos para 72%, beneficiando da recuperação de hidraulicidade na P. Ibérica.

 

O número de contratos com clientes cresceu em 44 mil nos últimos 12 meses, para um total de 11,4 milhões, reflectindo a nossa forte aposta na satisfação de cliente, qualidade de serviços e maior envolvimento.