EDP testa primeira plataforma digital inteligente de automação para operação e manutenção de parques solares
A EDP, líder mundial no setor das energias renováveis, dá mais um importante passo na vanguarda da tendência global de automação. A empresa testa pela primeira vez a nível mundial intervenções de operação e manutenção (O&M) totalmente autónomas para parques solares. Trata-se do projeto-piloto que ganhou o nome de Scale Up O&M, composto por uma plataforma inteligente, desenvolvida especialmente pela EDP, capaz de analisar dados em tempo real e, a partir deles, enviar comandos aos robôs, que executam as tarefas de inspeção, limpeza e corte de vegetação nos terrenos dos parques solares de forma autónoma.
Com esta nova solução, a EDP reforça o compromisso com a eficiência, a segurança e a sustentabilidade. A automação das atividades de operação e manutenção (O&M) permite intervenções mais rápidas, precisas e seguras, reduzindo significativamente a exposição humana a ambientes desafiantes. Além disso, responde a uma crescente dificuldade na contratação de mão de obra especializada, especialmente em zonas mais isoladas ou de difícil acesso, enquanto assegura soluções escaláveis para sustentar o crescimento da operação. A expetativa é que os custos com limpeza de painéis e corte de vegetação - que representam atualmente mais de 20% dos encargos operacionais de um parque solar - sejam reduzidos em até 80%, a depender das características locais de cada parque, contribuindo para uma gestão mais sustentável e economicamente eficiente dos ativos.
“Pela primeira vez, testámos na EDP uma solução de operação e manutenção totalmente autónoma num parque solar - um avanço que reforça o nosso compromisso com soluções concretas para acelerar a transição energética. Esta inovação responde a um desafio cada vez mais evidente num setor em forte crescimento, onde a procura por megawatts cresce a um ritmo acelerado. A única forma de equilibrar este desafio é aumentar significativamente a produtividade, tirando partido da tecnologia. Mais do que um projeto-piloto, trata-se de uma resposta prática aos desafios de eficiência, escala e segurança na operação. Investir em automação é investir numa energia renovável mais acessível, mais competitiva e mais preparada para o futuro. Porque antecipar o futuro é também saber transformá-lo.”, afirma Ana Paula Marques, administradora executiva da EDP e responsável pela plataforma que gere os ativos de energias renováveis da EDP.
Este piloto, em curso no parque solar de Cruz de Hierro/Villacastín, em Espanha, representa apenas o início da ambição da EDP em integrar soluções de automação nas suas operações globais de O&M. O objetivo é transformar esta iniciativa num processo integrado, que traga vantagens competitivas para todas as operações da empresa. Ao mesmo tempo, pretende-se valorizar o capital humano, libertando as equipas para atividades mais qualificadas e estratégicas. A meta é escalar esta tecnologia para todos os parques que cumpram os critérios de elegibilidade definidos.
A operação passo a passo
Para automatizar as operações de O&M nos seus parques solares, a EDP integra cinco componentes tecnológicas distintos que atuam de forma coordenada. Primeiro, drones equipados com software suportado por inteligência artificial realizam inspeções aéreas e identificam, com precisão, painéis ou áreas com sujidade acumulada ou vegetação que estejam a comprometer a produção de energia. Esses dados são enviados para a plataforma IoT proprietária da EDP, que analisa os incidentes detetados com base em dados SCADA (como a posição dos trackers e as condições meteorológicas em tempo real), bem como em previsões para os sete dias seguintes, antes de decidir se é adequado acionar os robôs.
Confirmadas as condições, a plataforma atribui automaticamente missões específicas a robôs de limpeza, que se deslocam de forma autónoma até aos painéis detetados, e a robôs de corte de vegetação, que atuam nas zonas identificadas. Este ecossistema depende de uma infraestrutura de comunicações instalada em cada parque, essencial para garantir a conectividade em locais remotos.
Ao contrário das abordagens convencionais, que envolvem intervenções generalizadas e preventivas, este modelo automatizado permite ações cirúrgicas, dirigidas apenas aos problemas identificados, tornando todo o processo mais eficiente, sustentável e inteligente.
O projeto-piloto Scale Up O&M surge na sequência do AutoPV, lançado em outubro passado, que testou a construção do seu primeiro parque solar fotovoltaico em condições reais de instalação em grande escala com a tecnologia de automação Hyperflex. A adoção de soluções automatizadas em processos como os de operação e manutenção (O&M) em parques solares oferece ganhos imediatos de eficiência e, ao mesmo tempo, abre caminho para melhorias contínuas. À medida que a EDP acumula conhecimento prático e aproveita a curva de experiência, torna-se possível adaptar e otimizar as operações de forma progressiva, identificando oportunidades de aperfeiçoamento a cada nova implementação. Essa evolução constante resulta numa gestão mais eficiente, com redução de custos, maior previsibilidade e competitividade, reforçando o papel da inovação como motor de transformação no setor da energia renovável.
Atualmente, mais de 90% de toda a energia produzida pela EDP já provém de fontes renováveis, incluindo solar, onde a empresa conta com uma capacidade solar instalada de mais de 6,2 GW. A EDP, enquanto líder da transição energética global mantém o compromisso com a descarbonização e a aceleração da transição energética visando ser net-zero até 2040.