
A hora de agir é agora: invistir em R&D para liderar a descarbonização
Este é um artigo de opinião de José Luis Elejalde, Director de Energia Clima e Transição Urbana na Tecnalia.
A crise climática é o maior desafio coletivo que a humanidade enfrentou em milénios. Não apenas pelo impacto que terá no nosso modo de vida, mas também porque exige uma resposta coletiva, à escala global, com toda a complexidade que isso implica.
Para enfrentar este desafio, a transição energética será o pilar fundamental sobre o qual se construirá a estratégia global: mudanças nos sistemas de geração de energia, mudanças na forma como a energia é utilizada e, naturalmente, mudanças nas formas como a energia é transportada.
Esta transição energética (uma verdadeira revolução, se olharmos para o processo com a devida perspectiva) exigirá o desenvolvimento de novas formas de geração de electricidade, novos combustíveis renováveis, novos sistemas para a electrificação do calor, sistemas de captura de CO₂, novos materiais, sistemas para a reutilização de produtos e materiais já existentes... Em suma, nas próximas décadas teremos de inovar neste domínio mais do que o fizemos ao longo do último século. Para que isso seja possível, o investimento em R&D será crucial.
Se não transformarmos esta transição numa oportunidade para melhorar a competitividade económica e, em vez disso, assumirmos apenas os custos da descarbonização (e, naturalmente, os custos da adaptação às alterações climáticas, incluindo os que afectam os países mais vulneráveis), enfrentaremos inevitavelmente uma crise industrial que terá impacto na economia europeia como um todo.
Estamos num ponto de viragem em que temos de decidir se queremos investir em R&D para nos posicionarmos na linha da frente da inovação na descarbonização ou, pelo contrário, deixar passar esta oportunidade.
Na Tecnalia Research and Innovation, a nossa posição é clara: chegou o momento de assumir o compromisso com um futuro melhor para as próximas gerações, na Europa e no mundo.