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EDP e Corporación Masaveu concluem conversão da central de Aboño para gás natural

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Transição Energética
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EDP e Corporación Masaveu concluem conversão da central de Aboño para gás natural

Terça 29, Julho 2025
4 min read
  • O grupo 2 da central na região espanhola das Astúrias já está a produzir energia para o sistema, garantindo o abastecimento elétrico à grande indústria. 
  • Supera a previsão inicial e atinge mais de 500 MW de potência. 
  • O projeto contou com mais de 600 pessoas e mais de 80 empresas a trabalhar em simultâneo no pico de obra. 
  • Os resultados deste ambicioso projeto traduzem-se numa redução significativa das emissões. 

 

A conversão para gás natural da principal instalação de geração de energia das Astúrias, em Espanha, é agora uma realidade, na sequência de um ambicioso projeto implementado pela EDP e pela Corporación Masaveu. Após mais de um ano de preparação e cerca de 400 mil horas de trabalho, o grupo 2 da central de Aboño - essencial para o fornecimento elétrico da grande indústria asturiana e para o sistema elétrico espanhol - já está novamente em funcionamento e a gerar energia, contribuindo de forma significativa para a transição energética da Península Ibérica e da Europa.  

O projeto teve uma duração total de 18 meses, incluindo 16 semanas de trabalhos de campo desde o início da paragem do grupo, a 1 de março deste ano, até à ligação à rede, a 25 de junho. Foram semanas intensas, durante as quais, além da conversão da caldeira para combustão de gás natural e gases siderúrgicos, se realizou a revisão geral da turbina, que consistiu na inspeção e afinação de todos os equipamentos, sistemas e infraestruturas que, tal como o próprio grupo térmico, terão agora uma nova vida.  

Na revisão geral, destacam-se a do turbogrupo e a das turbinas auxiliares, após 73 mil horas de funcionamento desde a última revisão em 2016; as intervenções na unidade de desnitrificação, para garantir a redução das emissões de óxidos de azoto nas melhores condições; e a revisão do gasómetro e das tubagens que transportam os gases siderúrgicos.   

Os gases siderúrgicos continuarão a ser valorizados na geração de energia, um claro exemplo do compromisso da EDP e da Corporación Masaveu com a economia circular, que já evita a emissão anual de um milhão de toneladas de CO₂ para a atmosfera.  

Por outro lado, foram realizados trabalhos específicos da conversão, com uma renovação profunda do sistema de combustíveis. Assim, a instalação elimina o uso de carvão para gerar energia, substituindo-o por gás natural, ficando preparada para uma futura potencial incorporação de hidrogénio renovável.  

No total, foram substituídos os 30 queimadores de carvão por novos queimadores de gás natural e hidrogénio. Também foram adaptados os queimadores dos gases siderúrgicos à nova configuração da caldeira. Só na caldeira foram realizadas mais de 3 mil soldaduras, num total de 15 mil em todo o projeto de conversão.   

No que diz respeito às emissões, a conversão tem um impacto significativo na melhoria da qualidade do ar. Reduz praticamente 100% das emissões de partículas, 90% de óxidos de enxofre e 80% dos óxidos de azoto. Quanto às emissões de CO₂, o projeto de conversão reduzirá as emissões em média em 30%.   

Após os testes realizados entre junho e julho, a potência do grupo atinge mais de 500 MW, superando as previsões iniciais do projeto.   

O projeto teve no pico de obra mais de 600 trabalhadores em simultâneo na central e mais de 80 empresas. Estes números representam um desafio importante para a organização, devido às complexidades técnicas, preventivas e ambientais associadas à realização simultânea de um elevado número de tarefas e de pessoas envolvidas. Tudo isto foi conciliado com o funcionamento do grupo 1 da central, que esteve disponível para satisfazer as necessidades do sistema elétrico asturiano.  

A prevenção de riscos e a segurança das pessoas foram uma prioridade desde o primeiro dia, com um forte envolvimento das equipas e de todas as empresas envolvidas no projeto. Foram realizadas mais de 800 inspeções de segurança, fator que contribuiu decisivamente para o sucesso do projeto nesta vertente.  

O grupo 2 de Aboño celebra 40 anos em 2025. Desde setembro de 1985 até março passado, quando começaram os trabalhos de conversão, este grupo gerou 131.625 GWh - energia suficiente para abastecer todos os lares de Gijón durante 250 anos ou todo o território português durante quase três anos. 

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