A energia eólica offshore é um sinal de esperança na procura de soluções energéticas sustentáveis, oferecendo uma oportunidade significativa para satisfazer a crescente procura mundial de eletricidade.

Com um potencial de energia eólica offshore estimado em 420.000 TWh/ano em todo o mundo (ou 6 000 TWh/ano de energia eólica offshore só na Europa), os parques eólicos offshore podem alimentar milhões de casas e empresas com eletricidade limpa e renovável.

Tradicionalmente, a energia eólica offshore tem dependido de turbinas fixas no fundo do mar, que se revelaram bem sucedidas em águas pouco profundas, mas são limitadas por restrições geográficas e pela profundidade da água. No entanto, os recentes avanços na tecnologia da energia eólica offshore flutuante quebraram estas barreiras. Desde 2023, a Europa tem mais de 32 GW de capacidade eólica offshore instalada, predominantemente a partir de turbinas fixas no fundo do mar. Contudo, o potencial da energia eólica offshore é imenso, com apenas uma fração da capacidade eólica offshore da Europa a utilizar atualmente tecnologia flutuante. Até 2030, só na Europa, a capacidade eólica offshore flutuante tem como objetivo atingir os 10 GW.

Um avanço fundamental neste domínio foi a inauguração do WindFloat Atlantic (WFA), o primeiro parque eólico flutuante semi-submersível do mundo. Desenvolvido pela Ocean Winds, uma joint venture entre a EDPR e a ENGIE, o WFA ficou operacional ao largo da costa de Portugal em 2019, demonstrando o potencial da tecnologia eólica offshore.

A Ocean Winds tem sido fundamental para impulsionar o desenvolvimento da energia eólica offshore. Para além do WFA, a OW está a desenvolver vários outros projetos eólicos offshore, incluindo o parque eólico Moray West Offshore na Escócia e o projeto Mayflower Wind ao largo de Massachusetts. A capacidade bruta total da OW atinge 16,6 GW.

A importância de I&D não pode ser subestimada no avanço da tecnologia eólica offshore. As inovações recentes alargaram as possibilidades de desenvolvimento da energia eólica offshore, incluindo a hibridação com fontes de energia renováveis, como a energia das ondas e a energia solar fotovoltaica flutuante.

Projetos como o WFA ou PivotBuoy, que demonstraram uma estrutura flutuante inovadora para a produção de energia eólica offshore, são vitais para ultrapassar os desafios técnicos e maximizar a eficiência. Além disso, iniciativas como o projeto EU-SCORES, que visa demonstrar duas hibridações de energia eólica offshore, desempenham um papel crucial no desenvolvimento pioneiro de parques eólicos offshore híbridos financiados em toda a Europa.

Com a inovação tecnológica contínua e o aumento de investimento, a energia eólica offshore está preparada para emergir como uma força dominante no panorama energético global, fornecendo eletricidade limpa, fiável e acessível para as gerações futuras.