sines

EDP lança projeto ‘Futuro Ativo Sines’ para promover iniciativas de apoio à região

Quarta-feira 13, Janeiro 2021

Apoio à criação de empresas, formação profissional e um estudo de avaliação das oportunidades económicas estão entre as várias iniciativas que a EDP pretende desenvolver em parceria com entidades locais. Ações fazem parte do compromisso da EDP de se manter na região após o fecho da Central de Sines.

A central termoelétrica de Sines completa esta quinta-feira, 14 de janeiro, o seu último dia de atividade, após 35 anos em operação. Sendo a maior central portuguesa, teve um papel estratégico no abastecimento de energia do país e na segurança do sistema elétrico nacional – um contributo que foi diminuindo face à crescente produção de energia a partir de fontes renováveis e que termina agora, em alinhamento com os compromissos de descarbonização e de transição energética da empresa e da economia nacional.

Após o encerramento da central a carvão, a EDP quer manter a sua ligação a Sines e às comunidades locais com as quais tem colaborado ativamente nas últimas décadas. Nesse sentido, e sob o mote ‘FAS – Futuro Ativo Sines’, iniciou duas frentes de trabalho através das quais pretende desenvolver uma série de iniciativas que possam contribuir para uma reconversão da economia e emprego na região.

A primeira frente de trabalho envolve um estudo prospetivo da economia local, que está a ser feito pela Universidade de Évora em parceria com o Instituto Superior Técnico. Este trabalho de avaliação, que conta com a auscultação de diversas entidades da região, tem como objetivo avaliar e identificar as oportunidades mais dinâmicas para potenciar o desenvolvimento social e económico daquele território. Pretende-se assim identificar como vai evoluir a economia local, como será a transição de emprego, como se deve valorizar a qualificação profissional, entre outras questões que ajudam a antecipar medidas e propostas com impacto positivo em Sines.

Uma segunda frente de trabalho envolve a criação de um Gabinete Local de Encaminhamento Social (GLES), em parceria com a Câmara Municipal de Sines e com o Instituto do Emprego e Formação Profissional, que pretende, numa fase inicial, dar apoio direto aos trabalhadores da Central de Sines, incluindo os seus agregados familiares, e alargar esse apoio à restante população local numa fase posterior. Este gabinete, que irá funcionar no Sines Tecnopolo, pretende ajudar a encaminhar estas pessoas para oportunidades profissionais, de formação e outras alternativas que possam gerar postos de trabalho.

Este gabinete irá assim funcionar como uma espécie de plataforma a partir da qual se desenvolvem outras medidas incluídas neste projeto ‘Futuro Ativo Sines’. Entre essas medidas está previsto o NAU, programa de apoio ao empreendedorismo, à semelhança do que já tinha sido feito em Sines em 2011 com o programa ‘Semente’. Trata-se de uma incubadora de empresas, que também ficará alojada no Tecnopolo de Sines, e que irá selecionar, apoiar e acelerar projetos de empreendedorismo para pequenos negócios locais. Através do NAU, a EDP pretende mobilizar fundos de seed capital (capital inicial de investimento) e outras opções de investimento para dinamizar o empreendedorismo em Sines.

Em paralelo, a EDP Produção compromete-se a manter durante o próximo ano os seus programas de investimento social no território, como é o caso do ‘Partilha com Energia’ (que envolve escolas da região), do ‘Tradições’ (para apoio às artes e ofícios locais) e da doação de viaturas. O programa de Voluntariado EDP também estará disponível dentro deste projeto, podendo responder a necessidades de apoio à escolaridade, acompanhamento profissional ou de promoção da eficiência energética e combate à pobreza energética, entre outras situações que venham a ser identificadas.

Com estas iniciativas, a EDP irá assim manter a sua ligação ao território após o fecho da central de Sines, contribuindo para o seu desenvolvimento e valorização através de novos projetos. A partir de 15 de janeiro, a central de Sines irá iniciar uma primeira fase de descomissionamento, seguindo-se os trabalhos de desmantelamento, num processo que deverá durar cerca de cinco anos.