União Europeia apoia lançamento do projeto Windfloat em Portugal

Sexta-feira 19, Outubro 2018

Subsidiária da EDP Renováveis, Repsol e Principle Power recebe financiamento de 60 milhões para instalar um parque eólico flutuante ao largo da costa de Portugal.

O Banco Europeu de Investimento (BEI) concedeu hoje um empréstimo de 60 milhões de euros à Windplus S.A., uma subsidiária da EDP Renováveis (79,4%), Repsol S.A. (19,4%) e Principle Power Inc. (1,2%). A empresa planeia construir e pôr em funcionamento um parque eólico flutuante offshore, o primeiro do género, utilizando plataformas semissubmersíveis situadas na costa norte de Portugal, a 20 km de Viana do Castelo, a uma profundidade de 85-100 metros.

Emma Navarro, Vice-Presidente do BE e João Manso Neto, CEO da EDP Renováveis e representante da Windplus, assinaram hoje o acordo em Lisboa. O empréstimo de 60 milhões de euros financiará o parque eólico flutuante com o apoio do mecanismo InnovFin Energy Demonstration Project, financiado ao abrigo do atual programa de investigação e inovação da UE, Horizon 2020. Além disso, o projeto receberá 29,9 milhões de euros do programa da UE NER300 e até 6 milhões de euros do Governo de Portugal, através do Fundo de Carbono Português.

A vice-presidente do BEI, Emma Navarro, afirma: "Estamos muito satisfeitos por apoiar um projeto que é um marco para o setor de energia renovável. Através deste acordo, o banco da UE está a financiar tecnologia de ponta, na área de energia, que será implementada em Portugal e que permitirá a instalação de parques eólicos em locais até então inviáveis, contribuindo para a liderança da Europa no desenvolvimento de respostas inovadoras ao desafio das alterações climáticas. Este acordo é um bom exemplo que demonstra o compromisso do BEI em financiar a inovação e a ação climática."

Carlos Moedas, Comissário de Investigação, Ciência e Inovação, afirma: "O acordo de hoje é outro exemplo de como o financiamento da UE está a ajudar a reduzir o risco de lançar soluções inovadoras de energia como o WindFloat. Precisamos de tecnologias inovadoras para acelerar a transição para a energia limpa na Europa e liderar a luta global contra as alterações climáticas. A longo prazo, isso irá melhorar a qualidade de vida e criar novos empregos e crescimento económico para os cidadãos."

António Mexia, CEO do grupo EDP, afirma: "A aposta em energias renováveis, aliada a um forte investimento em inovação, tem sido, na última década, uma das prioridades estratégicas da EDP. O nosso grupo continua a expandir a sua capacidade renovável, quer nos mercados onde já está presente, quer com a entrada em novos países. O Windfloat explora uma tecnologia promissora e vem posicionar uma vez mais a EDP na liderança da energia eólica a nível mundial, agora com um projeto pioneiro no segmento do offshore. Esta nova tecnologia, adequada a águas profundas como as de Portugal, já deu provas de sucesso na sua primeira fase em condições exigentes, e esta nova fase marca uma transição segura para uma fase comercial mais ambiciosa”.

Antonio Lorenzo, CFO da Repsol, diz que "este projeto pioneiro reflete o compromisso da Repsol para com a inovação e a transição energética. Como fornecedor de muitas energias, gerar eletricidade com baixa emissão é uma prioridade."

João Metelo, CEO da Principle Power, diz que "este financiamento representa um grande marco para a Principle Power e para a indústria eólica flutuante como um todo, pois demonstra plenamente a capacidade de financiar a tecnologia e a sua prontidão para a implantação comercial global."

O projeto pertence ao consórcio Windplus, detido pela EDP Renováveis (79,4%), pela Repsol (19,4%) e pela Principle Power Inc. (1,2%). A instalação terá três turbinas eólicas, assentes em plataformas flutuantes, ancoradas ao fundo do mar a uma profundidade de 100 metros. O parque eólico terá uma capacidade instalada de 25 MW, equivalente à energia consumida por 60 mil residências ao longo de um ano.

A nova instalação representa um projeto emblemático no setor inovador da energia eólica flutuante e contribuirá para o desenvolvimento, padronização e melhoria do fabrico de plataformas flutuantes modulares multi-MW, que é um objetivo fundamental sob o Plano Estratégico de Tecnologia Energética (Plano SET) da Comissão Europeia. Duas das plataformas serão fabricadas nos estaleiros localizados em Setúbal, Portugal, e a terceira nas docas de Avilés e Fene, na Espanha.

Estima-se que cerca de 80% de todos os recursos eólicos offshore, situados nos mares europeus, estão localizados em águas com profundidade de 60 metros ou superior, locais onde o custo das estruturas de fundo fixo não é economicamente atrativo. O desenvolvimento de tecnologias eólicas flutuantes offshore permitirá o aproveitamento das técnicas de redução de custos já reconhecidas no setor que, combinadas com o maior fator de capacidade alcançado em locais mais profundos, levarão a reduções significativas no custo nivelado da energia para projetos eólicos flutuantes offshore.

O InnovFin Energy Demonstration Projects concede empréstimos, garantias de empréstimos ou financiamento do tipo capital tipicamente entre 7,5 e 75 milhões de euros para projetos de demonstração inovadores nos domínios da transformação do sistema energético, incluindo, entre outros, tecnologias de energia renovável, sistemas energéticos inteligentes, armazenamento de energia, captura e armazenamento de carbono ou captura e uso de carbono, ajudando-os a preencher a lacuna entre a demonstração e a comercialização. O produto é lançado diretamente pelo BEI.

 

Sobre o Banco Europeu de Investimento (BEI):

O Banco Europeu de Investimento (BEI) é a instituição de empréstimos a longo prazo da União Europeia, pertencente aos seus Estados-Membros. Disponibiliza financiamento a longo prazo para um investimento sólido, a fim de contribuir para os objetivos políticos da UE.

 

Sobre a EDPR:

A EDP Renováveis (Euronext: EDPR) é líder global no sector da energia renovável e o quarto maior produtor mundial de energia eólica. Com um plano de desenvolvimento sólido, ativos de primeira classe e capacidade de operação líder no mercado, a EDPR registou um desenvolvimento excecional nos últimos anos e está presente em 13 mercados (Bélgica, Brasil, Canadá, França, Grécia, Itália, México, Polónia, Portugal, Roménia, Espanha, Reino Unido e EUA). A Energias de Portugal, SA (“EDP”), o principal acionista da EDPR, é uma empresa global de energia e líder na criação de valor, inovação e sustentabilidade. A EDPR faz parte do Índice Dow Jones de Sustentabilidade há dez anos consecutivos.

 

 

Sobre a Repsol:

A Repsol é uma empresa global, presente em toda a cadeia de valor da energia. Está ativa em 37 países e dá emprego a mais de 25.000 pessoas, e os seus produtos são vendidos em todo o mundo. Produz o equivalente a cerca de 700,000 barris de petróleo por dia e possui um dos sistemas de refinamento mais eficientes da Europa, capaz de processar mais de um milhão de barris de óleo crude diariamente. A Repsol distribui e vende combustíveis e lubrificantes através das suas mais de 4.700 estações de serviço em Espanha, Portugal, Peru, Itália e México. Além disso, é o maior agente do mercado de gás liquefeito de petróleo (GLP) da Espanha. A empresa está bem colocada para a transição energética com o seu foco no desenvolvimento da produção de gás, negócios de baixo carbono e uma oferta de energia múltipla para os consumidores. Em termos de tecnologia - um dos pilares da empresa - os seus projetos de ponta em vários ramos fizeram dela um ponto de referência para a inovação, a sustentabilidade e a eficiência no setor de energia.

 

 

Sobre Principle Power:

A Principle Power, fundada em 2007, é uma fornecedora de desenvolvimento, tecnologia e serviços para a indústria eólica offshore. A tecnologia inovadora e comprovada da Principle Power, o WindFloat - uma fundação de turbina eólica flutuante - fornece acesso a locais de vento em alto-mar em águas de transição e profundas. Ao simplificar a forma como a energia eólica marítima é implementada, esta tecnologia exclusiva ajuda ao desenvolvimento contínuo da indústria eólica offshore como um todo, abre novos mercados de águas profundas e tem o potencial para diminuir substancialmente o custo e o perfil de risco dos projetos eólicos offshore. A Principle Power, com escritórios nos EUA, França e Portugal, vende o WindFloat como uma solução de tecnologia e atua como prestador de serviços para programadores, produtores independentes de energia e serviços envolvidos no mercado eólico global em rápida expansão.