Biodiversidade: o papel da EDP

 

Ajudamos a criar vida

Com presença em 21 países nas áreas de produção, transporte, distribuição e comercialização de energia, a EDP está integrada em todo o tipo de ecossistemas, nos cinco continentes. Sabemos o valor da natureza e estamos empenhados em ajudar a recuperar, manter e criar nova vida nas florestas, zonas costeiras, rios, planícies ou montanhas, mas também nas grandes cidades e nas pequenas comunidades locais.

Queremos continuar a ser líderes na gestão ambiental centrada na Biodiversidade e estamos comprometidos com o desenvolvimento sustentável, com um longo histórico - sempre em constante renovação - de iniciativas de preservação da natureza. O apoio aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, nomeadamente o ODS 15 - Proteger a Vida Terrestre, é uma missão de todos os dias no Grupo EDP.

Cátedra EDP: Investir no Ensino e na Investigação
Desde 2009 que a Universidade do Porto (UP) acolhe a Cátedra EDP em Biodiversidade, um investimento anual no ensino superior, mas também na investigação ligada aos ecossistemas, particularmente associados aos locais de produção elétrica EDP e também de redes de distribuição. A cátedra tem, igualmente, apoio anual da Fundação para a Ciência e Tecnologia e é coordenada pelo Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos (CIBIO-InBIO), da UP, entidade da qual a EDP é parceira em diversas iniciativas.parceira em diversas iniciativas.

A Cátedra EDP já deu origem a dezenas de publicações científicas e apresentações em congressos e conferências, sendo os resultados das várias investigações e projetos divulgados também junto da comunidade internacional, particularmente através da plataforma GBIF. E os seus projetos de investigação permitiram intervir diretamente em espécies como a águia pesqueira, a águia de Bonelli, o lobo ibérico ou a toupeira de água, além de contribuírem para a gestão da Biodiversidade em geral.

No Net Loss: uma meta EDP sempre presente
Foi em 2010 que a EDP publicou o seu primeiro Relatório de Biodiversidade, mostrando o que já vinha a ser feito há décadas neste domínio e os objetivos para os anos seguintes. A última versão, divulgada em 2020, analisou os anos de 2015 a 2019.

A meta sempre presente é ‘No Net Loss’, ou seja, garantir que não há perdas para a Biodiversidade associadas a novos projetos ou existentes. E sempre com ambição de conseguir melhorar e reforçar, ainda mais, a Biodiversidade.

Dos elevadores para peixes à velocidade das eólicas: proteger toda a vida
Tanto as barragens e os rios, como as turbinas eólicas ou os corredores de redes elétricas requerem cuidado e investimento, para evitar quaisquer impactos no ecossistema local, com riscos também para a própria atividade no sector energético. A EDP monitoriza constantemente todos estes aspetos e criou vários protocolos ao longo dos anos, bem como iniciativas de apoio a espécies e às comunidades onde se insere.

Avifauna:

  • O primeiro protocolo da EDP relacionado com as aves foi estabelecido em 2003, com foco nas linhas elétricas de média e alta tensão. Nesse mesmo ano, foi criado um manual de boas práticas de construção de novas linhas e foi lançado um plano de correção de 647 km de linhas, para minimizar a eletrocução e o embate de aves.
  • Em 2002 foi avistada, pela derradeira vez, a última águia pesqueira em Portugal. 9 anos depois, a EDP associou-se ao CIBIO num projeto de reintrodução da espécie, com vários exemplares a serem transportados de avião da Suécia e Finlândia para a zona da barragem do Alqueva. Desde 2015 que, todos os anos, nascem crias e regressam a Portugal várias aves após a migração para o norte de África, o que mostra que a águia pesqueira está, definitivamente, de volta a terras lusas.
  • Em França, a EDP Renováveis optou por subir 15 metros as turbinas eólicas do projeto offshore Dieppe-Le Tréport, garantindo um corredor livre para as aves que voam por baixo das pás.
  • Nos Estados Unidos, a EDP Renováveis apoiou vários projetos de monitorização da águia real e da águia americana, nos estados vizinhos do Oregon e de Washington. Esses estudos demonstraram que a população destas espécies não está em declínio. 
  • Em Espanha, uma outra iniciativa EDP Renováveis centrou-se na águia-de-Bonelli. A monitorização de um casal da espécie junto a um parque eólico concluiu que o seu território era menor em comparação com outros casais de águias. Foram feitas melhorias na vegetação local para potenciar as zonas de alimentação e, poucos anos depois, já havia reprodução comprovada. Num projeto paralelo, também em Espanha, foi reduzida a velocidade das pás de eólicas ao final da tarde, para impedir os embates e a mortalidade tanto de aves que recolhem aos ninhos como de morcegos que saem para se alimentarem.

Peixes e animais aquáticos:

  • Associada à barragem do Baixo Sabor, a EDPcriou um berçário para peixes na ribeira da Vilariça, concelho de Torre de Moncorvo. A desova protegida de várias espécies locais, como a boga e o barbo, garante não apenas a sustentabilidade das mesmas na zona da barragem, como também permite às comunidades locais continuarem a pescá-las e disponibilizá-las nos restaurantes.
  • No portfólio de barragens da EDP em Portrugal,, as centrais mais pequenas têm escadas para peixes, que facilitam a circulação entre os dois lados da ‘parede’. Já as grandes hídricas do Douro têm instaladas as chamadas eclusas de Borland, com o mesmo propósito. E no Minho, na barragem do Touvedo, existem elevadores para peixes.
  • No Brasil, com a construção da barragem do Peixe Angical, no rio Tocantins, a nova albufeira alterou a geografia da região. Para eliminar o impacto na fauna do rio, a EDP lançou um projeto de mapeamento, monitorização e relocalização de ninhos de tartarugas, para as proteger tanto de predadores como de inundações. Também os peixes do rio, os botos e as araras-azuis, passaram a ser alvo de análise e conservação. Foram ainda lançadas diversas iniciativas de sensibilização ambiental na região.

Florestas:

  • O lobo ibérico é o maior predador em Portugal e já dominou quase todo o território. Atualmente está circunscrito a 20% do país e a cerca de 300 lobos, com duas populações distintas separadas pelo rio Douro. Em 2006 a EDP Renováveis juntou-se a outras empresas eólicas que operam nos territórios do lobo, no financiamento à Associação para a Conservação do Habitat do Lobo Ibérico, que passou também a intervir diretamente nas fases de projeto e construção de parques. Para que os lobos continuem a uivar em Portugal.
  • Já nas Astúrias, em Espanha, resiste uma das últimas populações ibéricas de ursos pardos europeus - apesar de um deles ter sido detetado em Portugal, em 2019. A EDP tem uma presença na região há várias décadas e a Fundação EDP em Espanha colabora com a Fundação Urso das Astúrias - que se dedica à preservação da espécie - desde 1992. Apoia, também, a Fundação Migres, que se dedica à investigação das aves migratórias.
  • No Brasil, para minimizar a desmatação das florestas na construção de novas linhas de distribuição, a EDP começou, em 2018, a utilizar drones para estender cabos condutores de eletricidade. Foi conseguida uma redução de 85% na vegetação a cortar, e de 30% no tempo necessário para a construção. Os drones passaram também a ser usados na monitorização regular das linhas e dos próprios ecossistemas.
  • Desde 2014 que a EDP desenvolveu, em Portugal, um Plano de Redução de Risco de Incêndio, a implementar em 2.000 hectares de habitats prioritários, que tiveram uma redução de 80% no número de ocorrências. Mas, como os grandes incêndios continuam a ser uma dura realidade em Portugal, a EDP promove regularmente iniciativas de voluntariado para reflorestação. Só em 2018, a seguir aos grandes incêndios do ano anterior, foram 6.000 as árvores plantadas por colaboradores da EDP nessas mesmas zonas.

As florestas e os rios, as aves, os peixes e os animais terrestres, todos contam para a Biodiversidade. Mas também as pessoas. Igualmente alinhada com o ODS 15 de Proteger a Vida Terrestre, a EDP lançou, em 2017, o projeto alargado Junto à Terra, nos territórios do Baixo Sabor e de Foz Tua, em Trás-os-Montes. Mais do que uma campanha de sensibilização para a sustentabilidade nas escolas e nas comunidades, o Junto à Terra pretendeu reforçar o capital humano da região, através do envolvimento da liderança local e da participação de diversos parceiros locais.

Na EDP, vamos continuar a defender a natureza e a Biodiversidade em todos os países e regiões onde estamos presentes, apoiar projetos e instituições dedicados a essa missão, e reforçar a sensibilização nas escolas e na sociedade em geral, nas pequenas comunidades rurais ou nas cidades mais urbanizadas.

É Agora ou Nunca